A Secretaria Municipal de Urbanismo, Transportes e Trânsito (SEMUTT) – Departamento Municipal de Trânsito (DEMUTRAN), registrou, por meio dos radares, velocidade muito acima do estabelecido, em diferentes vias de São José dos Pinhais. Essa situação foi diagnosticada mesmo antes do início da entrada destes em operação, no dia 1º de fevereiro de 2023.
Mais de uma centena de veículos foram flagrados passando pelos radares do município, ainda em implantação, com velocidades entre 113 km/h a 161 km/h, inclusive com avanço de sinal vermelho. No entanto, estes não sofreram infração de trânsito por motivo de que os radares por onde passaram, ainda não estavam em operação, constando até então a seguinte legenda: “Equipamento em teste, não multa”.
Da mesma forma, desde o início da operação dos radares com fiscalização eletrônica, a mesma quantidade de veículos foi flagrada cometendo infrações de trânsito com velocidades de mais de 90 km/h, chegando até a 114 km/h. A grande maioria das infrações foram cometidas na Avenida das Torres, a qual o limite de velocidade sempre foi de 70 km/h em todo o seu prolongamento e também na Avenida Rui Barbosa, Rua Comandante Aviador José Paulo Lepinski e na Alameda Arpo, sendo estas três últimas com velocidade máxima permitida de 50 km/h já muito antes da implantação dos radares.
É inaceitável que um veículo continue percorrendo vias urbanas com velocidades de mais de 100 km/h, quando a velocidade máxima permitida sempre foi de 50 km/h. O principal motivo é que essas vias comportam grande fluxo de veículos, de motociclistas, e essencialmente daqueles que são os mais vulneráveis no trânsito, os mais frágeis, os quais não tem nenhuma proteção se comparado àqueles que estão dentro de seu veículo, muitas vezes com sensação de poder, sendo protegidos por cintos de segurança, diversos air bags, para-choques, ou pela própria carroceria veicular.
Se com os redutores de velocidade, os quais fiscalizam eletronicamente 24h por dia, todos os dias, certos motoristas ainda insistem em passar muito acima dos limites de velocidade nestes pontos, sem eles é certo que seria muito pior, visto que um equipamento que fiscaliza e gera infração de trânsito, tendo o condutor que pagar pelo ato de descumprimento, desobediência e desrespeito às normas, tende a inibir e fazer com que os usuários respeitem cada vez mais aquele ponto de passagem na via, seja por estarem cumprindo com as leis de trânsito, pela rotina de passagem pelo local sabendo que naquele ponto há um redutor de velocidade ou por terem a consciência que aquele local é de risco potencial para sinistros (acidentes de trânsito).